quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nosso Futuro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje no Diário Oficial da União os dados preliminares do Censo 2010. O Brasil tem  185,7 milhões de habitantes.

O relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para 2010, divulgado também hoje, mostra o Brasil na 73ª posição entre 169 países. Os cinco primeiros colocados são, pela ordem, Noruega, Austrália Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda. Os cinco últimos são Zimbábue, República Democrática do Congo, Níger, Mali e Burkina Faso.

De acordo com o relatório, o rendimento anual dos brasileiros é de US$ 10.607, e a expectativa de vida, de 72,9 anos. A escolaridade é de 7,2 anos de estudo, e a expectativa de vida escolar é de 13,8 anos.

Os números do Censo e da ONU publicados nos jornais de hoje me fizeram refletir sobre o nosso futuro, preocupação também advinda do resultado das Eleições 2010.
Passeando pela internet, li alguns artigos que achei interessante, e por isso compartilho alguns trechos com vocês.


"Qual é a cara do seu futuro?"
"A defesa do ambiente é uma bandeira universal. O envelhecimento com saúde e dinheiro no bolso também deveria ser."
POR CRISTIANE SEGATTO
"Um artigo publicado recentemente no jornal The New York Times me fez refletir sobre o futuro que queremos. A autora, Natasha Singer, conta de que forma o envelhecimento da população pode deixar na miséria as nações que não estiverem preparadas para lidar com ele. (...)
Pela primeira vez na história humana, as pessoas com 65 anos ou mais devem se tornar mais numerosas que as menores de 5 anos. O ponto levantado por Natasha é interessante: do jeito que as coisas vão, talvez não possamos nos dar ao luxo de viver tanto.
Em muitos países, o número de idosos com direito a aposentadorias públicas, serviços de saúde e cuidados prolongados deve superar, em breve, a força de trabalho. Ou seja: vai faltar gente trabalhando para pagar impostos que custeiam esses benefícios.
Segundo uma análise da agência Standard & Poor’s, se os governos não adotarem amplas mudanças nos gastos públicos relacionados aos idosos, as dívidas se tornarão insustentáveis. Elas poderão provocar crises gravíssimas como as decorrentes da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial.(...)


O Brasil só vai conseguir enfrentar o desafio imposto pelo envelhecimento da população se cada um de nós tiver consciência de que vai ser preciso gastar cada vez mais dinheiro com saúde. Isso é inevitável.Vamos gastar mais no plano individual (na parcela do orçamento familiar destinada às despesas de saúde) e no plano coletivo (na parcela dos impostos destinados a essa área).(...)
Muitos trabalhadores de baixa renda estão absolutamente deslumbrados com as novas oportunidades de consumo. É o que percebo no contato diário com vários deles. Fico feliz e, ao mesmo tempo, apreensiva.(...)
Será que isso vai acabar bem?(...)
O número de brasileiros com dívidas superiores a R$ 5 mil, considerando todos os tipos de empréstimo, saltou de 10 milhões para 25,7 milhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central. O total pode ser muito maior porque ele não considera os cidadãos que não têm conta em banco - cerca de metade da população.(...)

O mais injusto nessa história toda é que os longos crediários e os parcelamentos das faturas de cartão de crédito (nos quais estão embutidos juros altíssimos) prosperam graças à ignorância matemática de grande parte da população. Os pobres e a nova classe C não sabem fazer contas simples. Estão gastando o que têm e o que não têm. Precisam, urgentemente, aprender a planejar o futuro. Pelo bem de sua saúde."



"Dilma-lá!"
"Faz alguma diferença ter uma mulher na presidência?"
POR ELIANE BRUM
"Não tenho resposta para esta pergunta. Mas acho interessante fazê-la. E pensar sobre ela. É claro – e é bom dizer logo no começo – que é importante, significativo e até histórico ter, pela primeira vez, uma mulher na presidência. Como Lula gosta de dizer, “nunca antes neste país” uma mulher ocupou este lugar. Supostamente, se uma mulher é eleita para ocupar o cargo máximo de poder em um país, então qualquer mulher pode ocupar qualquer posto, o que é uma conquista, ainda que na prática não funcione exatamente assim. Mas a pergunta que tenho me feito e que trago para esta coluna é se o fato de uma mulher ocupar a presidência faz alguma diferença por ser uma mulher – e não um homem. Se há um jeito feminino de governar.(...)

Há algum significado de conteúdo, para além do ineditismo, na ascensão da primeira mulher ao Planalto? Em busca de pistas para esta questão revisitei o que foi dito sobre a condição feminina de Dilma Rousseff ao longo da campanha eleitoral. Foi um percurso revelador.(...)
Completado o percurso, não há nada que nos esclareça se faz alguma diferença ter uma mulher – por ser mulher – na presidência do Brasil. O tratamento estapafúrdio do feminino – e o que Lula e os marqueteiros fizeram da mulher que é Dilma Rousseff, assim como o que ela deixou fazer consigo mesma – só nos revelam que foi uma campanha de baixo nível – em todos os sentidos. Resta-nos torcer que a indigência dos argumentos sobre o feminino seja apenas obra de marqueteiros, não crença real de quem tem a tarefa de comandar o país. Em certo momento, juro, temi topar com algum slogan do tipo “Serra é de Marte, Dilma é de Vênus”. Por sorte, acabou. E agora, talvez, possamos descobrir quem é esta mulher chamada Dilma Rousseff.
Tomara que a gente goste."


Cristiane Segatto e Eliane Brum são colunistas da Revista Época.

 

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Um comentário:

  1. Seu post me lembrou de uma tirinha da Mafalda. Susanita e ela sentadas num sofá, de repente, Susanita diz: Estou vendo algo preto. Mafalda com cara aflita pergunta: É o futuro? Bem, era um telefone daqueles antigos. Rsrsrs. A tira retrata bem a preocupação daqueles que se importam com as incertezas da vida, do futuro...
    Bjs.

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